O sonho
de todo filósofo é ver a filosofia comparada em importância e utilidade às
outras disciplinas culturalmente mais reconhecidas, como matemática, física,
história, geografia, entre outras. Parece um tanto difícil, não é fácil
enxergar utilidade em uma disciplina que prima pelo abstrato, pelo intangível,
o mundo das ideias. Mas de fato o ensino da filosofia é tão necessário quanto
às demais disciplinas. Não estou falando da filosofia acadêmica, retórica e
árida em que se envolve a elite pensante, pelo contrário, a filosofia prática ,
atual e viva que permeia os pensamentos humanos.
A filosofia aplicada é o contraponto da filosofia académica.
Consideramos todos os seres humanos, de certa maneira, filósofos; só que alguns
estudaram mais a história da filosofia do que outros. Alguns tem graduação,
mestrado, doutorado, publicam e sistematizam a filosofia. Por outro lado, temos
amantes do saber que não estudaram formalmente, mas nem por isso deixam de
possuir a essência de filósofo.
A filosofia é aplicada quando atende diretamente os anseios do
amante da sabedoria. A prática do pensamento autônomo é sua suprema conquista.
Sem sistematização, sem conceitos demasiado abstratos, sem
retórica pomposa, assim se constitui a aplicação desta tão nobre disciplina.
Simplesmente em possui o direito e a capacidade de assumir-se a si mesmo como
ser único e relevante para a sociedade. Um ser que anseia o saber, não um saber
cumulativo e burocrático, mas um saber
solidamente constituído sobre a prática e a experiência.
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