quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Ética para Leibniz

Gottfried Wilhem Leibniz

Gottfried Wilhem Leibniz,  em seu tratamento filosófico da ética,  inaugura a ideia da “ necessidade moral  na qual  o sábio escolhe o melhor, e na qual todos os outros seguem a inclinação maior”.

 O sábio age livremente, de acordo com uma “necessidade moral”. 
O oposto de sua ação é sempre possível. Escolher no caso o mal. Ele expõe o  princípio de razão suficiente. A explicação sobre um fato ocorrer de uma forma e não de outra decorre de um conhecimento acerca de Deus e do maior grau de perfeição.
Dessa forma, com a ideia de mundos possíveis, Leibniz logra afastar a ideia de uma espécie de “necessitarismo”. 

Afinal, como Deus teve diante de si a possibilidade de escolher um dentre infinitos mundos possíveis, é sempre possível pensar um mundo em que não estamos fazendo o que estamos fazendo em um dado momento. 
Noutros termos, esse mundo não é necessário porque seria possível (logicamente, mas não moralmente) que Ele houvesse criado outro. Por isso, parece-nos apropriado falarmos em “possibilismo” aqui. Esse possibilismo assegura o compatibilismo entre liberdade e determinação.
 Tanto Deus quanto os sábios são livres, pois agem moralmente, consoante uma “necessidade moral”. 
Cabe notar ainda que essa ideia de necessidade moral carrega consigo a ideia de “obrigação da razão”. 
Logo, a necessidade moral está sempre fundada na razão, na parte de nossa natureza que deve comandar .
A necessidade moral reside nessa causalidade teleológica, a qual não é cega e está fundada em razões. Esse é o locus da ação moral e da liberdade.



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