quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Resumo história da ética

 A Ética Antiga foi desenvolvida, sobretudo, por Platão e Aristóteles. 

Pode-se resumir a ética dos antigos, ou ética essencialista, em três aspectos:
1) o agir em conformidade com a razão;
 2) o agir em conformidade com a Natureza e com o caráter natural de cada indivíduos;
3) a união permanente entre ética (a conduta do indivíduo) e política (valores da sociedade).
A ética era uma maneira de educar o sujeito moral (seu caráter) no intuito de propiciar a harmonia entre o mesmo e os valores coletivos, sendo ambos virtuosos.


A Ética Medieval , com expoentes máximos em S. Tomás de Aquino e Santo Agostinho,  define a ética a partir da relação com Deus e não com a cidade ou com os outros.
Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino

Deus nesse momento é considerado o único mediador entre os indivíduos. As duas principais virtudes são a fé e a caridade (amor). Através do cristianismo, se afirma na ética o livre-arbítrio, sendo  que o primeiro impulso da liberdade dirige-se para o mal (pecado). O homem passa a ser fraco, pecador, dividido entre o bem e o mal.

O auxílio para a melhor conduta é a lei divina. A idéia do dever surge nesse momento. Com isso, a ética passa a  estabelecer três tipos de conduta; a moral ou ética (baseada no dever), a imoral ou antiética e a indiferente à moral.


A Ética Moderna teve como contexto as revoluções religiosas, por meio de Lutero; científica, com Copérnico e filosófica, com Descartes, em seu chamado Racionalismo Cartesiano - a razão é o caminho para a verdade, e para chegar a ela é preciso um discernimento, um método. 

Em oposição à fé surge agora o poder exclusivo da razão de discernir, distinguir e comparar. A formação ciência moderna com Galileu e Newton - provocam o  desenvolvimento da ética naturalista.

Kant afirma que se nos deixarmos levar por nossos impulsos, apetites, desejos e paixões não teremos autonomia ética, pois a Natureza nos conduz pelos interesses de tal modo que usamos as pessoas e as coisas como instrumentos para o que desejamos. Não podemos ser
escravos do desejo. Para isso devemos agir conforme o Imperativo Categórico, ou seja, o ato moral deve concordar com a vontade e com as leis universais que ela dá a si mesma:

Hegel
Friedrich Hegel  apresenta a perspectiva Homem - Cultura e História, sendo que a ética deve ser determinada pelas relações sociais. Como sujeitos históricos culturais, nossa vontade subjetiva deve ser submetida à vontade social, das instituições da sociedade. Desta forma a vida ética deve ser “determinada pela harmonia entre vontade subjetiva individual e a vontade objetiva cultural”.


A Ética contemporânea possui duas principais correntes de pensamento.   Ética Praxista, o homem tem a capacidade de julgar, ele não é totalmente determinado pelas leis da natureza, nem possui uma consciência totalmente livre.  Por isso, a ética ganha um dimensionamento político  uma ação eticamente boa é politicamente boa, e contribui para o aumento da justiça, distribuição igualitária do poder entre os homens. 
Nietzsche

Nietzsche, por outro lado, atribui a origem dos valores éticos, não à razão, mas a emoção. Para ele, o homem forte é aquele que não reprime seus impulsos e desejos, que não se submete a moral demagógica e repressora. E para coroar essa mudança radical de conceitos, surge Freud com a descoberta do inconsciente, instância psíquica que controla o homem, burlando sua consciência para trazer à tona a sexualidade represada e que o neurotiza.  Essa seria uma ética Naturalista ou Essencialista.


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