Demócrito
ensinou que, se ele pegasse uma pedra ou algum material e esmagasse-o até que
ele não fosse mais capaz de corte, então ele teria um "a-tomo". A
palavra grega tomo significa "cortar", e o prefixo "a"
significa "in" (incortável, indivisível). O resultado do corte de uma
pedra para o seu estado sem cortes seria um átomo, ou no plural, vários átomos.
Átomos modernos são tomados a partir dessa idéia antiga, mas são
qualitativamente diferentes.
Demócrito
era um pluralista. Para ele, havia no cosmos uma miríade de átomos diferentes.
Alguns eram pequenos e suaves como rolamentos de esferas pequenas, outras eram
pegajosos como um velcro, enquanto outros eram ásperos com ganchos, ou outros
muito pequenos e dissipavam-se rapidamente, como perfume.
Continuador da obra atomista de Leucipo,
Demócrito de Abdera acreditava estarem os átomos em constante e violenta
agitação, chocando-se constantemente uns com os outros, e transmitindo o
movimento nestes choques (!). Os átomos maiores tenderiam a ficar em regiões
mais baixas, constituindo a terra, enquanto os menores e mais leves
constituiriam o ar. Do ponto de vista da cosmologia, os atomistas acreditavam
que o espaço seria infinito, com um infinito número de mundos, produzidos por
uma aglomeração de átomos que giram em vórtices ou redemoinhos, tendo esta ideia certa semelhança, portanto, com as galáxias que hoje conhecemos. Também
fazia parte da doutrina de Demócrito uma crença profunda no determinismo da
natureza, afirmando que ``Por necessidade estão determinadas todas as coisas
que foram, são e serão''. O atomismo foi posteriormente sistematizado e
continuado em Roma por Lucrécio (98-55 a.C.), em sua obra ``De Natura Rerum''
(``A Natureza das Coisas''), onde a ideia de atomismo é também aplicada para a
luz e o som. Do ponto de vista filosófico, o atomismo formulado na Antiguidade
deixa pouca ou nenhuma margem para a intervenção divina, sendo posteriormente
considerado heresia pela Igreja Católica durante a Idade Média.
Devemos ter em
mente que as bases de nosso atomismo, na estrutura da matéria e da luz, foram
fundadas, portanto, durante a antiguidade Clássica. Embora não tenham existido
na antiguidade elementos experimentais para comprovar ou desmentir esta
peculiar teoria sobre a estrutura da matéria, ela serviu para lançar as bases
de um atomismo que voltaria a surgir na Renascença, em particular a teoria
cinética dos gases de Boyle e a teoria atomista da luz proposta por Descartes e
por Newton.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA - PESQUISA REALIZADA NOS SEGUINTES
SITES:
www.templodeapolo.net
www.afilosofia.com.br
educacao.uol.com.br
origem-da-filosofia.info
www.mundoeducacao.com
www.consciencia.org
www.suapesquisa.com
www.infoescola.com
www.e-biografias.net
www.brasilescola.com
www.mundodosfilosofos.com.br
www.webartigos.com
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