quinta-feira, 26 de junho de 2014

Demócrito

Demócrito ensinou que, se ele pegasse uma pedra ou algum material e esmagasse-o até que ele não fosse mais capaz de corte, então ele teria um "a-tomo". A palavra grega tomo significa "cortar", e o prefixo "a" significa "in" (incortável, indivisível). O resultado do corte de uma pedra para o seu estado sem cortes seria um átomo, ou no plural, vários átomos. Átomos modernos são tomados a partir dessa idéia antiga, mas são qualitativamente diferentes.

Demócrito era um pluralista. Para ele, havia no cosmos uma miríade de átomos diferentes. Alguns eram pequenos e suaves como rolamentos de esferas pequenas, outras eram pegajosos como um velcro, enquanto outros eram ásperos com ganchos, ou outros muito pequenos e dissipavam-se rapidamente, como perfume.


 Continuador da obra atomista de Leucipo, Demócrito de Abdera acreditava estarem os átomos em constante e violenta agitação, chocando-se constantemente uns com os outros, e transmitindo o movimento nestes choques (!). Os átomos maiores tenderiam a ficar em regiões mais baixas, constituindo a terra, enquanto os menores e mais leves constituiriam o ar. Do ponto de vista da cosmologia, os atomistas acreditavam que o espaço seria infinito, com um infinito número de mundos, produzidos por uma aglomeração de átomos que giram em vórtices ou redemoinhos, tendo esta ideia certa semelhança, portanto, com as galáxias que hoje conhecemos. Também fazia parte da doutrina de Demócrito uma crença profunda no determinismo da natureza, afirmando que ``Por necessidade estão determinadas todas as coisas que foram, são e serão''. O atomismo foi posteriormente sistematizado e continuado em Roma por Lucrécio (98-55 a.C.), em sua obra ``De Natura Rerum'' (``A Natureza das Coisas''), onde a ideia de atomismo é também aplicada para a luz e o som. Do ponto de vista filosófico, o atomismo formulado na Antiguidade deixa pouca ou nenhuma margem para a intervenção divina, sendo posteriormente considerado heresia pela Igreja Católica durante a Idade Média. 

Devemos ter em mente que as bases de nosso atomismo, na estrutura da matéria e da luz, foram fundadas, portanto, durante a antiguidade Clássica. Embora não tenham existido na antiguidade elementos experimentais para comprovar ou desmentir esta peculiar teoria sobre a estrutura da matéria, ela serviu para lançar as bases de um atomismo que voltaria a surgir na Renascença, em particular a teoria cinética dos gases de Boyle e a teoria atomista da luz proposta por Descartes e por Newton.



BIBLIOGRAFIA CONSULTADA - PESQUISA REALIZADA NOS SEGUINTES SITES:
www.templodeapolo.net
www.afilosofia.com.br
educacao.uol.com.br
origem-da-filosofia.info
www.mundoeducacao.com
www.consciencia.org
www.suapesquisa.com
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