quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Axiologia



A Axiologia é uma área da Filosofia que estuda os valores Humanos que são valores Éticos, Morais, Estéticos, Materiais, Políticos, Econômicos, Vitais, Lógicos, Religiosos, de Utilidade e assim por diante.                                                                                         
No Século XIX surgiu a Axiologia como disciplina filosófica, desde então o termo “Valor” vem sendo discutido sobre o que é bom ou ruim, certo ou errado, pois os valores estão relacionados a todas as nossas ações.                                                        
Valor é o que dá dignidade ao ser. Filosoficamente Valor é a interpretação introduzida por nós nas coisas, nas relações entre os homens e destes com o mundo. O valor então, com base no que é, orienta o que deve ser, isso é, orienta o juízo das escolhas humanas. Para simplificar podemos entender o Valor como  um princípio geral e universal que serve de guia para o agir e pensar do homem no mundo.
O valor está presente no homem, nas atividades humanas e no mundo humano, é o princípio norteador das escolhas humanas (os fins), o desejável, o preferível. É guia, norma das escolhas, por isso carece da consciência e da liberdade, porque só o sujeito consciente e livre é capaz de fazer escolhas. Escolhas sempre temerárias, mas necessárias.                                                                                                                
Os valores são herdados, transferidos através da nossa família, passados de geração em geração, também adquirimos valores através do convívio, do contato com outras pessoas, de outras sociedades.                    
                                                          
  Estamos sempre fazendo Juízo de Valores, isso é, estamos sempre julgando através do parâmetro que nós temos, que nós herdamos através da nossa família, nossa cultura e sendo assim julgamos os valores dos outros, se está certo ou errado, se é bom ou ruim, etc. Existem quatro tipos de valores relacionados a sua natureza (Origem): Subjetivos (Pessoal, valor de um só indivíduo) ou Universais (Geral, valor da sociedade) e Relativos (Aplica-se a uma situação) ou Absoluto (Aplica-se a todas as situações).    

 Os valores se organizam na seguinte escala de importância:                      
 ÉTICO é o juízo sobre o bem e o mal, diz daquilo que é Vital (Vida).             
 MORAL é a ação normativa do comportamento, costumes, hábitos, normas e leis. Diz do Convívio Humano em sociedade.                        
 MATERIAL é o juízo sobre o que é necessário para a sobrevivência humana.
RELIGIOSO é o juízo  sobre o que é bom para o espírito e diz das coisas da alma.    
ESTÉTICO, que opera um  juízo  sobre o belo e o feio e diz das coisas do mundo sensível, da Natureza.          
De UTILIDADE se refere ao juízo do que é melhor e pior e diz das coisas e dos objetos.                                                                                                                POLÍTICOS são Justiça, Igualdade, Imparcialidade, Cidadania, Liberdade.

                                                                                 


Principais Representantes

No Século XIX os filósofos Rudolf Lotze (1817-1881), Franz Brentano (1838-1917), Max Scheler (1874-1928) e Friederich Nietzsche (1844-1900) desenvolveram e propuseram a “Transvaloração dos Valores”, pela qual indaga sobre o “Valor dos Valores”, concluindo que os valores tais como são conhecidos, não existiram desde sempre, mas foram criados e incorporados pelo hábito e, na nossa civilização ocidental, impostos pela tradição cristã, que Friederich Nietzsche critica acerbamente.

Max Scheler (1874-1928): Os valores são objetivos e dispostos em ordem eterna o que torna possível hierarquiza-los. Deste modo, juízo (faculdade de julgar de avaliar, faculdade de pensar o particular como inserido no geral), é então, um julgamento crítico sobre as escolhas humanas, uma reflexão propositiva das relações existentes entre meios e fins de nossa ação no mundo.

García Morente (1886-1942): Os valores não são, no sentido em que dizemos que as coisas são: “Os valores não são, mas valem. Uma coisa é valor e outra coisa é ser. Quando dizemos de algo que vale, não dizemos nada do seu ser, mas dizemos que não é indiferente. A não indiferença constitui esta variedade ontológica que contrapõe o valor ao ser. A não indiferença é a essência do valer”. Portanto, não permanecemos indiferentes dos seres que constituem o nosso mundo familiar ou aquele que nos é estranho, aos quais atribuímos valores Bipolarizados.

Fontes

www.filosofiapopular.com

www.debatesculturais.com


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