A
Axiologia é uma área da Filosofia que estuda os valores Humanos que são valores
Éticos, Morais, Estéticos, Materiais, Políticos, Econômicos, Vitais, Lógicos,
Religiosos, de Utilidade e assim por diante.
No
Século XIX surgiu a Axiologia como disciplina filosófica, desde então o termo
“Valor” vem sendo discutido sobre o que é bom ou ruim, certo ou errado, pois os
valores estão relacionados a todas as nossas ações.
Valor é
o que dá dignidade ao ser. Filosoficamente Valor é a interpretação introduzida
por nós nas coisas, nas relações entre os homens e destes com o mundo. O valor
então, com base no que é, orienta o que deve ser, isso é, orienta o juízo das
escolhas humanas. Para simplificar podemos entender o Valor como um princípio geral e universal que serve de
guia para o agir e pensar do homem no mundo.
O valor
está presente no homem, nas atividades humanas e no mundo humano, é o princípio
norteador das escolhas humanas (os fins), o desejável, o preferível. É guia,
norma das escolhas, por isso carece da consciência e da liberdade, porque só o
sujeito consciente e livre é capaz de fazer escolhas. Escolhas sempre temerárias,
mas necessárias.
Os
valores são herdados, transferidos através da nossa família, passados de
geração em geração, também adquirimos valores através do convívio, do contato
com outras pessoas, de outras sociedades.
Estamos sempre fazendo Juízo de Valores, isso
é, estamos sempre julgando através do parâmetro que nós temos, que nós herdamos
através da nossa família, nossa cultura e sendo assim julgamos os valores dos
outros, se está certo ou errado, se é bom ou ruim, etc. Existem quatro tipos de
valores relacionados a sua natureza (Origem): Subjetivos (Pessoal, valor de um
só indivíduo) ou Universais (Geral, valor da sociedade) e Relativos (Aplica-se
a uma situação) ou Absoluto (Aplica-se a todas as situações).
Os
valores se organizam na seguinte escala de importância:
ÉTICO é o
juízo sobre o bem e o mal, diz daquilo que é Vital (Vida).
MORAL é a
ação normativa do comportamento, costumes, hábitos, normas e leis. Diz do
Convívio Humano em sociedade.
MATERIAL
é o juízo sobre o que é necessário para a sobrevivência humana.
RELIGIOSO é o juízo sobre o que é bom para o espírito e diz das
coisas da alma.
ESTÉTICO, que opera um juízo
sobre o belo e o feio e diz das coisas do mundo sensível, da
Natureza.
De UTILIDADE se refere ao juízo do que é melhor
e pior e diz das coisas e dos objetos. POLÍTICOS são Justiça, Igualdade, Imparcialidade, Cidadania, Liberdade.
Principais Representantes
No
Século XIX os filósofos Rudolf Lotze (1817-1881), Franz Brentano (1838-1917),
Max Scheler (1874-1928) e Friederich Nietzsche (1844-1900) desenvolveram e
propuseram a “Transvaloração dos Valores”, pela qual indaga sobre o “Valor dos
Valores”, concluindo que os valores tais como são conhecidos, não existiram
desde sempre, mas foram criados e incorporados pelo hábito e, na nossa
civilização ocidental, impostos pela tradição cristã, que Friederich Nietzsche
critica acerbamente.
Max
Scheler (1874-1928): Os valores são objetivos e dispostos em ordem eterna o que
torna possível hierarquiza-los. Deste modo, juízo (faculdade de julgar de
avaliar, faculdade de pensar o particular como inserido no geral), é então, um
julgamento crítico sobre as escolhas humanas, uma reflexão propositiva das
relações existentes entre meios e fins de nossa ação no mundo.
García
Morente (1886-1942): Os valores não são, no sentido em que dizemos que as
coisas são: “Os valores não são, mas valem. Uma coisa é valor e outra coisa é
ser. Quando dizemos de algo que vale, não dizemos nada do seu ser, mas dizemos
que não é indiferente. A não indiferença constitui esta variedade ontológica
que contrapõe o valor ao ser. A não indiferença é a essência do valer”.
Portanto, não permanecemos indiferentes dos seres que constituem o nosso mundo
familiar ou aquele que nos é estranho, aos quais atribuímos valores
Bipolarizados.
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