quarta-feira, 11 de junho de 2014

Parmênides


Parmênides de Eléia (510-470 a.C), nascido  na Magna Grécia, litoral oeste da península Itálica,  tornou-se conhecido pela drástica oposição a Heráclito. Ele acreditava na imutabilidade final de todas as coisas.
Em sua doutrina se destacam o monismo e o imobilismo. Ele propôs que tudo o que existe é eterno, imutável, indestrutível, indivisível e, portanto, imóvel.
 Fundou a Escola Eleática.
Parmênides considera que o pensamento humano pode atingir o conhecimento genuíno e a compreensão. Essa percepção do domínio do "ser" corresponde às coisas que são percebidas pela mente. O que é percebido pelas sensações, por outro lado, é, segundo ele, enganoso e falso, e pertence ao domínio do não-ser. Trata-se de uma oposição direta ao mobilismo defendido por Heráclito de Éfeso, para quem "tudo passa, nada permanece". Seu pensamento influenciou a chamada "teoria das formas", de Platão. Ele atribuí suas idéias a uma revelação divina.

É famosa a ideia da esfera de Parmênides.
Esfera de Parmênides
Diz o texto parmenídeo: "Sendo o seu limite o último, ele está completo por todos os lados, à maneira da massa de uma esfera bem redonda, desde o centro igual em equilíbrio. Não é nem maior e nem mais pesado aqui ou ali. Já que não é, nem o não-ser, que o pudesse impedir de ser homogêneo; nem um ente que tivesse mais de ente aqui, menos lá, porquanto é tudo inviolável. Em sendo igual em todas as direções, encontra de igual maneira todos os seus limites" .
A identificação do ser com o corpóreo, o faz identificar-se com o pleno, ou o cheio. Consequentemente, o vazio equivale ao não ser. a impossibilidade do não-ser redunda em não admitir o vácuo "Nem é mais aqui, pois impediria fosse contínuo; nem é menos ali, pois tudo está pleno de ente. Todo ele é contínuo, pois o ente toca o ente" 
Segundo Parmênides, o caminho da essência nos leva a concluir que na realidade existe o ser, e não é concebível sua não-existência; e o ser é; o não-ser não é.
Em vista disso, Parmênides é considerado o primeiro filósofo a formular os princípios lógicos de identidade e de não-contradição, desenvolvidos depois por Aristóteles.
Ao refletir sobre o ser, pela via da essência, o filósofo eleático concluiu que o ser é eterno, único, imóvel e ilimitado. Essa seria a via da verdade pura, a via a ser buscada pela ciência e pela filosofia. Por outro lado, quando a realidade é pensada pelo caminho da aparência, tudo se confunde em função do movimento, da Parmênides teria descoberto, assim, os atributos do ser puro: o ser ideal do plano lógico. E negou-se a reconhecer como verdadeiros os testemunhos ilusórios dos sentidos e a constatar a existência do ser-no-mundo: o ser que se exprime de diversos modos, os seres múltiplos e mutáveis.

Mas o filósofo sabia que é no mundo da ilusão, das aparências e das sensações que os homens vivem seu cotidiano. Então, "o mundo da ilusão não é uma ilusão de mundo", mas uma manifestação da realidade que cabe à razão interpretar, explicar e compreender, até que alcance a essência dessa realidade. Não podemos confiar nas aparências, nas incoerências, na visão enganadora. Pela razão, devemos buscar a essência, a coerência e a verdade. "O esforço de toda sabedoria é, pois, para Parmênides, sistematizar isso, tornar pensável o caos, introduzir uma ordem nele".



BIBLIOGRAFIA CONSULTADA - PESQUISA REALIZADA NOS SEGUINTES SITES:
www.templodeapolo.net
www.afilosofia.com.br
educacao.uol.com.br
origem-da-filosofia.info
www.mundoeducacao.com
www.consciencia.org
www.suapesquisa.com
www.infoescola.com
www.e-biografias.net
www.brasilescola.com
www.mundodosfilosofos.com.br
 www.webartigos.com

www.conteudojuridico.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário