sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Filosofia Medieval - Patrística

 A separação entre judaísmo e  cristianismo leva  à formação de um novo período na história da filosofia.


A filosofia Patrística é o nome dado à filosofia cristã dos primeiros sete séculos, elaborada pelos Pais da Igreja, os primeiros teóricos, e consiste na elaboração doutrinal das verdades de fé do Cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos "pagãos" e contra as heresias.
Durante os séculos I ao IX, a influência dos primeiros padres cristãos na cultura Ocidental foi das mais intensas. Inicialmente, lutam para disseminar o cristianismo enquanto religião, explicando seus dogmas fundamentais à população em geral. Nesse momento, muitas vezes, recorrem à filosofia, como forma de converter os pagãos, acostumados às reflexões racionais. O conjunto de pensamentos desses padres, um tanto heterogêneo, recebeu o nome de Patrística.
Quando o Cristianismo, para defender-se de ataques polêmicos, teve de esclarecer os próprios pressupostos, apresentou-se como a expressão terminada da verdade que a filosofia grega havia buscado, mas não tinha sido capaz de encontrar plenamente, enquanto a Verdade mesma não tinha ainda se manifestado aos homens, ou seja, enquanto o próprio Deus não havia ainda encarnado.
De um lado, se procura interpretar o Cristianismo mediante conceitos tomados da filosofia grega, do outro reporta-se ao significado que esta última dá ao Cristianismo. Os primeiros pensadores cristãos, ao mesmo tempo em que se valeram, também se debateram com os filósofos, quer com Platão e com Aristóteles, quer, sobretudo, com os estóicos e com os epicureus. Sem perder de vista os ideais da doutrina cristã, eles buscaram encontrar, frente à filosofia e aos filósofos, o lugar apropriado da reflexão filosófica e do pensar cristão.

Apesar do propósito comum, havia duas   tendências contrárias: a dos padres da Igreja Ocidental, que   combatiam a religião pagã e a dos clérigos do Oriente, que   propunham uma harmonização entre o pensamento grego e a religião   cristã.

 Foram vários autores que se ocuparam dessa tarefa: Justino, Tertuliano, Clemente de Alexandria, Orígenes, Gregório de Nazianzo, Basílio de Cesareia, Gregório de Nissa.

A Patrística divide-se geralmente em três períodos:


1º- Até o ano 200 - Defesa do Cristianismo contra seus adversários (padres apologistas, como São Justino Mártir.

2º - até o ano 450 época dos primeiros grandes sistemas de filosofia cristã (Santo Agostinho, o expoente máximo da patrística).

3º - até o século VIII reelaboram-se as doutrinas já formuladas e de cunho original (Boécio).


Esta divisão da Literatura Patrística em três períodos é geralmente feita, mais didaticamente, da seguinte forma:


Período Ante-Niceno - corresponde ao período anterior ao Concílio Ecumênico de Nicéia (324 d.C). Geralmente compreende os escritos surgidos entre o século I e início do IV século.

Período Niceno - corresponde ao período entre os anos anteriores até alguns imediatamente posteriores ao Concílio Ecumênico de Nicéia (324 d.C). Geralmente compreende os escritos surgidos entre o início do IV século até o final deste.

Período Pós-Niceno - corresponde ao período compreendido entre os V e VIII séculos.

 O mais proeminente filósofo da Patrística sem dúvida é Agostinho de Hipona.


Fontes
urs.bira.nom.br
www.portaleducacao.com.br
rrsantana.blogspot.com.br
filosofiadodireito.info

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