A
separação entre judaísmo e cristianismo
leva à formação de um novo período na
história da filosofia.
A
filosofia Patrística é o nome dado à filosofia cristã dos primeiros sete
séculos, elaborada pelos Pais da Igreja, os primeiros teóricos, e consiste na
elaboração doutrinal das verdades de fé do Cristianismo e na sua defesa contra
os ataques dos "pagãos" e contra as heresias.
Durante
os séculos I ao IX, a influência dos primeiros padres cristãos na cultura
Ocidental foi das mais intensas. Inicialmente, lutam para disseminar o
cristianismo enquanto religião, explicando seus dogmas fundamentais à população
em geral. Nesse momento, muitas vezes, recorrem à filosofia, como forma de
converter os pagãos, acostumados às reflexões racionais. O conjunto de
pensamentos desses padres, um tanto heterogêneo, recebeu o nome de Patrística.
Quando o Cristianismo, para defender-se de ataques polêmicos, teve
de esclarecer os próprios pressupostos, apresentou-se como a expressão
terminada da verdade que a filosofia grega havia buscado, mas não tinha sido
capaz de encontrar plenamente, enquanto a Verdade mesma não tinha ainda se
manifestado aos homens, ou seja, enquanto o próprio Deus não havia ainda
encarnado.
De um lado, se procura interpretar o Cristianismo mediante
conceitos tomados da filosofia grega, do outro reporta-se ao significado que
esta última dá ao Cristianismo. Os primeiros pensadores cristãos, ao mesmo
tempo em que se valeram, também se debateram com os filósofos, quer com Platão
e com Aristóteles, quer, sobretudo, com os estóicos e com os epicureus. Sem
perder de vista os ideais da doutrina cristã, eles buscaram encontrar, frente à
filosofia e aos filósofos, o lugar apropriado da reflexão filosófica e do pensar
cristão.
Apesar do propósito comum, havia duas tendências
contrárias: a dos padres da Igreja Ocidental, que combatiam a
religião pagã e a dos clérigos do Oriente, que propunham uma
harmonização entre o pensamento grego e a religião cristã.
Foram vários autores que se ocuparam dessa tarefa: Justino,
Tertuliano, Clemente de Alexandria, Orígenes, Gregório de Nazianzo, Basílio de
Cesareia, Gregório de Nissa.
A Patrística divide-se geralmente em três períodos:
1º- Até o ano 200 - Defesa do Cristianismo contra seus adversários
(padres apologistas, como São Justino Mártir.
2º - até o ano 450 época dos primeiros grandes sistemas de
filosofia cristã (Santo Agostinho, o expoente máximo da patrística).
3º - até o século VIII reelaboram-se as doutrinas já formuladas e
de cunho original (Boécio).
Esta divisão da Literatura Patrística em três períodos é
geralmente feita, mais didaticamente, da seguinte forma:
Período Ante-Niceno - corresponde ao período anterior ao Concílio
Ecumênico de Nicéia (324 d.C). Geralmente compreende os escritos surgidos entre
o século I e início do IV século.
Período Niceno - corresponde ao período entre os anos anteriores
até alguns imediatamente posteriores ao Concílio Ecumênico de Nicéia (324 d.C).
Geralmente compreende os escritos surgidos entre o início do IV século até o
final deste.
Período Pós-Niceno - corresponde ao período compreendido entre os
V e VIII séculos.
O mais proeminente filósofo da Patrística sem dúvida é Agostinho
de Hipona.
Fontes
urs.bira.nom.br
www.portaleducacao.com.br
rrsantana.blogspot.com.br
filosofiadodireito.info
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