Pródicus,
ou Pródico, era um sofista e retórico de Iulis na ilha de Ceos. Ele foi
contemporâneo de Demócrito e Górgias, e foi discípulo de Protágoras.
Em suas palestras sobre o estilo literário
colocou pressão sobre o uso correto das palavras e da discriminação precisa
entre sinônimos. Platão frequentemente satiriza-lo como professor pedante sobre
as sutilezas da linguagem. Platão também insinua que a perspectiva de riqueza
solicitado Pródico para abrir sua
escola, e de fato suas palestras parecem ter lhe trouxe muito dinheiro.
Philostratus também observa que Pródico
gostava de dinheiro. Ele costumava ir de uma cidade para outra exibindo sua eloquência,
e, embora ele o fez de uma forma mercenário, ele, no entanto, tinha grandes
honras que lhe foram pagos em Tebas e Lacedaemon.
Seu custo para um aluno era de cinquenta
dracmas. Aristófanes, no entanto, descreve-o como o mais notável dos filósofos
naturais para a sabedoria e caráter.
Relata-se que as pessoas se reuniram para ouvir Pródico, embora ele tinha uma voz que soa
desagradável. Ele também relatou que Xenofonte, quando um prisioneiro na
Beócia, desejando ouvir Pródico, surgiu
com a fiança exigida e fui gratificado e sua curiosidade ( Philostr. lc ).
Nenhuma de suas palestras veio até nós em sua forma original. Sua obra mais
famosa é a escolha de Hércules , e era
frequentemente citado. O original está perdido, mas a substância de que é na de
Xenofonte Memorabilia(2:01:21).
Nas suas obras, a imagem que Platão transmite de
Pródico é a de um professor infeliz, sofrendo de grandes dores, deitado na sua
cama, embrulhado em peles de ovelha e cobertores.
Sábio e hábil na arte de falar, foi enviado para
Atenas como embaixador de Iulis.
Era conhecido, principalmente, pelo seu
conhecimento no campo da sinonímia. Deu aulas e conferências, não só em Atenas,
mas também em outras cidades gregas e foi com esta actividade que ganhou
grandes quantias de dinheiro.
As suas lições eram bastante caras e o próprio
Sócrates não teve recursos para frequentar a conferência de cinquenta dracmas
sobre a correção dos nomes, mas só para um curso de uma dracma ( ).. O seu
sucesso em Atenas levou-o a pensar em abrir uma escola de retórica nesta
cidade.
Pródico
foi condenado à morte pelos atenienses sob a acusação de corromper a juventude.
Sexto Empírico o coloca entre os ateus, e Cícero observa que algumas de suas
doutrinas eram subversivas de todas as religiões. Diz-se que ele explicou a
origem da religião pela personificação de objetos naturais.
Crê-se
que Pródico foi discípulo de Protágoras e mestre de Teramenes, Eurípedes e
Tucídides.
Pelo que podemos constatar em Protágoras,
Pródico é o sofista mais "poupado" por Sócrates. Isto talvez se deva
ao facto de este ter sido discípulo de Pródico, no entanto, nem este escapa à
sátira de Sócrates. No livro Cratilus, Sócrates diverte-se afirmando que se
tivesse tido cinquenta dracmas, hoje seria também um grande perito na correção
das palavras, mas como não possuía essa quantia teve que se contentar com a
sabedoria de um dracma. Desta forma, Sócrates critica os sofistas por cobrarem
dinheiro pelos seus ensinamentos.
Apesar de os ensinamentos de Pródico incluírem distinções semânticas entre termos semelhantes, Sócrates afirma que ele ficou
acomodado ao seu conhecimento. Sócrates compara-o a um orador que quando pensa
que já aprendeu os preliminares da retórica, julga que já descobriu tudo e que,
ao ensinar, está a transmitir aos outros toda a arte da retórica.
Pródico é ainda referido num outro diálogo de
Platão - Erixias. Neste diálogo Pródico afirma que a riqueza é, como tudo o
resto, uma benção para os homens de bem que sabem utiliza-la, mas é uma
maldição para os ignorantes e para os maus. Se Pródico disse realmente isto,
ele estaria em perfeita harmonia com Sócrates.
No que respeita às suas obras, para além das
Epideixeis, produziu uma grande obra - As estações (Horai). Não existem
registos da existência de trabalhos na área da sinonímia, estes estudos
encontram-se incluídos nas obras filosóficas de Pródico.
Era um sofista em toda a extensão da palavra,
uma vez que ensinava a arte do sucesso na política e na vida privada.
A definição de sofista, segundo Pródico, é de um
intermediário entre o filósofo e o político. Por isso, dedicava-se à formação
das pessoas que pretendiam dedicar-se ativamente aos assuntos políticos, e os
seus ouvintes deviam ser ou democratas ou aristocratas que aceitavam fazer o
jogo da democracia e adaptar-se às suas regras.
Existem poucos fragmentos das suas obras, mas
assume-se que foi autor “Da Natureza do Homem”, “Da Natureza”, “Horai”que se
pode traduzir “Horas”. “A escolha de Héracles”, segundo alguns estudiosos fez
parte das “Horas”, o original perdeu-se mas a sua essência encontra-se na
“Memorabilia (2:1:21)” de Xenofonte, esta obra descreve que o jovem Héracles
que estava prestes a entrar na vida adulta, quando encontra duas mulheres, uma
chamada de Felicidade (Eudaimonia), ou Vicio (Kakia), que descreve uma estrada
fácil de prazer interminável na vida; e a outra chamada de Virtude (Aretè), que
descreve uma longa estrada de trabalho forçado, em que o homem deve alcançar o
que ele deseja devido aos seus esforços e assim ser recompensado pelos deuses
com a vida depois da morte.
Platão frequentemente satirizou-o como um
conferencista pedante nas subtilezas da linguagem que ia de cidade em cidade
exibindo a sua eloquência e exigindo altas somas de dinheiro pelos seus
ensinamentos. Isto não o impediu de obter grandes honras. Aristófanes,
descreve-o como sendo um notável filósofo com grande sabedoria e carácter.
Xenofonte (Philostr. l. c.) também descreve que quando um prisioneiro em
“Boeotia” que desejava ouvir Pródico, foi o próprio Pródico que lhe pagou a
fiança e que respondeu às suas questões.
Para Pródico a religião era a personificação dos
objectos naturais que eram necessários ao Homem. Como o caso do Sol, a Lua, os
rios, colheitas, o pão foi personificado pela deusa Deméter, a água pelo deus
Poseídon, o fogo pelo deus Hefesto, e assim sucessivamente para os outros
deuses.
As observações de Cícero indicam que algumas das
suas doutrinas eram subversivas para religião.
Pródico foi condenado à morte pelos atenienses,
pela acusação de ter corromper os jovens. “Sextus Empiricus” (Mat. IX, 18)
classifica-o de ateu.
Fontes
www.educ.fc.ul.pt
www.portaleducacao.com.br
rrsantana.blogspot.com.br
filosofiadodireito.info
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