terça-feira, 24 de junho de 2014

Empédocles de Agrigento

Próximo ao ano de 492 a. C., na cidade de Agrigento, nasceu Empédocles, ele foi um filósofo, médico, legislador, professor, dramaturgo, político, poeta ,místico e profeta, foi defensor da democracia e sustentava a ideia de que o mundo seria constituído por quatro princípios: água, ar, fogo e terra. Ele propôs uma explicação geral do mundo, considerando todas as coisas como resultantes da fusão destes quatro princípios eternos e indestrutíveis. Tudo seria uma determinada mistura desses quatro elementos, em maior ou menor grau, e seriam o que de imutável e indestrutível existiria no mundo.
os 4 elementos

Segundo Aristóteles, fundou a oratória. Foi também fundador da primeira teoria biológica. Sua doutrina pode ser vista como uma primeira síntese filosófica.
Tanto os elementos como as forças que atuam sobre eles são divinos. Deus é o Esfero, a união de todos os elementos através do amor ou da amizade. Na fase em que o amor domina todos os elementos eles vão estar ligados em perfeita harmonia. Nessa fase não existe o sol a terra ou o mar, mas uma unidade de tudo que Empédocles denomina como sendo o Esfero. As almas também são constituídas pelos elementos e sofrem a ação das forças do amor ou da amizade e do ódio ou da discórdia. Ao contrário do domínio do amor no domínio do ódio existe a dissolução dos elementos e forma-se assim o caos. Quando o caos está instalado os elementos começam novamente a se unificar começando um novo ciclo.

Esses princípios, também chamados “raízes”, seriam eternamente subsistentes, jamais engendrados, e de sua união ou separação nasceriam e pereceriam todas as coisas. Os quatro elementos se uniriam sob a força do amor e se separariam sob o influxo do ódio.
Os mananciais e os vulcões seriam provas da existência de água e fogo no interior da Terra. Ou seja a existe uma mescla dos 4 elementos em todas as coisas.
Para que o mundo exista devem existir tanto o elemento positivos quanto o negativo, pois se existir somente o amor ou a amizade todos os elementos vão se reunir e formar uma unidade compacta, vão formar uma única coisa. E ao contrário se toda a força for do ódio ou da discórdia os elementos ficarão completamente separados, fazendo também com que o cosmos não exista.

Portanto as coisas do mundo passam a existir no período de transição que vai do predomínio do amor ao predomínio do ódio. Assim o cosmos nasce e se destrói continuamente dependente e através da ação das duas forças sobre os elementos. Não existe um momento em que a constituição do cosmos possa ser considerada perfeita.

 
Empédocles pensava que dos poros das coisas saíam emanações que atingem os nossos órgãos de sentido. Assim as partes que são semelhantes nos nossos órgãos  e nas coisas vão se reconhecer. O que for fogo em nossos sentidos vai reconhecer as emanações que vem do fogo, o que for regido pela água vai reconhecer as emanações que vem da água. Somente com nossa visão acontece o contrário, nela as emanações partem dos olhos mas da mesma forma essas emanações vão reconhecer nas coisas o que lhe for semelhante.


Para Empédocles nosso conhecimento está no coração e o veículo que transporta esse conhecimento é o sangue. O conhecimento assim não acontece somente no homem. Os conhecimentos que o homem pode ter são também limitados. Ele somente consegue perceber uma pequena parte de sua vida, as coisas que por acaso ele tem a possibilidade de se relacionar. Por isso ele não pode desperdiçar nenhuma dessas possibilidades. Deve aproveitar e utilizar todos os seus sentidos e através do intelecto perceber as evidências nas coisas que conhece.

Empédocles sustenta ainda uma teoria sobre a evolução dos seres vivos. Para ele no princípio havia numerosas partes de homens e animais - pernas, olhos, orelhas - que estavam distribuídas desordenadamente. Através do amor essas partes se juntavam  aleatoriamente formando criaturas disformes que eram inviáveis para sobreviver e pereciam. As espécies que formavam uma boa combinação sobreviviam.

Com essa visão, Empédocles inaugura a forma “pluralista” de pensar a Natureza. Isso quer dizer que vários elementos são os constituintes da realidade, não apenas um, como pensavam os primeiros filósofos.



BIBLIOGRAFIA CONSULTADA - PESQUISA REALIZADA NOS SEGUINTES SITES:
www.templodeapolo.net
www.afilosofia.com.br
educacao.uol.com.br
origem-da-filosofia.info
www.mundoeducacao.com
www.consciencia.org
www.suapesquisa.com
www.infoescola.com
www.e-biografias.net
www.brasilescola.com
www.mundodosfilosofos.com.br

 www.webartigos.com

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