De Melisso se conhece poucas informações provenientes de Diógenes Laércio:
"Melisso, filho de Itaigeno, de Samos, foi discípulo de Parmênides. Além
disto, esteve em relações com Heráclito, ele foi um militar, político, filósofo e poeta grego, tendo sido, provavelmente,
discípulo de Parmênides de Eléia (cerca de 530 a.C. – 460 a.C.). Pertenceu à
Escola Eleática – Escola que se interessava em examinar comparativamente os
valores do conhecimento sensível e do conhecimento racional.
Cronologicamente,
Melisso está situado no final do período pré-socrático, um pouco mais velho que
o mesmo Sócrates . Não há evidência de
que tenha sido discípulo de Parmênides; suas ideias, no entanto, eram
fortemente embasadas nos conceitos desenvolvidos pelo eleata. Afirmava que
"o ser" era infinito e de magnitude ilimitada, não tinha princípio ou
fim, e não podia ser destruído, pois é impossível ao "ser" tornar-se
"não ser".
Representa Melisso uma fase mais avançada da
metafísica grega, imediatamente anterior ao período socrático. Teve algum
contato com a escola jônica. "O universo segundo ele (Melisso) é infinito,
imutável, imóvel, uno, em tudo semelhante a si mesmo, e completamente cheio .O
Vácuo não existiria.
Com uma
prosa clara e procedendo com rigor dedutivo, Melisso sistematizou a doutrina
eleática, ao mesmo tempo em que a corrigiu em alguns pontos. Em primeiro lugar,
afirmou que o ser deve ser “infinito” (e não finito, como dizia Parmênides),
porque não tem limites temporais nem espaciais e também porque, se fosse
finito, deveria se limitar com um vazio e, portanto, com um não-ser, o que é
impossível.
O ser é
único - Eis a tese básica do eleaticismo e que reaparece em Melisso de Samos. A
tese de Melisso é aproveitada pelos unicistas do ente no campo infinito, mas
com um retoque por parte dos criacionistas, que admitem o mundo das coisas
finitas ao lado (ou dentro) do único infinito. Mas há também os monistas que se
mantém firmes com Melisso.
Melisso tratou o
uno-infinito como “incorpóreo”, não no sentido de que é imaterial, mas de que é
privado de qualquer figura que determine os corpos, não podendo, portanto, ter
nem mesmo a figura perfeita da esfera, como queria Parmênides. (O conceito de
incorpóreo no sentido de imaterial só iria nascer com Platão.)
Assim, o eleatismo se concluiu com a afirmação
de um Ser eterno, infinito, uno, igual, imutável, imóvel, incorpóreo (em sentido impreciso) e com a explícita e categórica negação do múltiplo,
negando, portanto, o direito dos fenômenos a pretenderem um reconhecimento
veraz. Está claro que só um ser privilegiado (Deus) poderia ser como o
eleatismo exige, mas não todo ser.
O
Eleatismo teve em Melisso o seu maior
expoente. Sua teoria era bem ampla, mas não deixava por isso de ser coesa e bem
argumentada.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA - PESQUISA REALIZADA NOS SEGUINTES
SITES:
www.templodeapolo.net
www.afilosofia.com.br
educacao.uol.com.br
origem-da-filosofia.info
www.mundoeducacao.com
www.consciencia.org
www.suapesquisa.com
www.infoescola.com
www.e-biografias.net
www.brasilescola.com
www.mundodosfilosofos.com.br
www.webartigos.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário