segunda-feira, 23 de junho de 2014

Melisso de Samos

De   Melisso se conhece poucas  informações provenientes de Diógenes Laércio: "Melisso, filho de Itaigeno, de Samos, foi discípulo de Parmênides. Além disto, esteve em relações com Heráclito, ele foi um militar, político, filósofo e poeta grego, tendo sido, provavelmente, discípulo de Parmênides de Eléia (cerca de 530 a.C. – 460 a.C.). Pertenceu à Escola Eleática – Escola que se interessava em examinar comparativamente os valores do conhecimento sensível e do conhecimento racional.

Cronologicamente, Melisso está situado no final do período pré-socrático, um pouco mais velho que o mesmo Sócrates  . Não há evidência de que tenha sido discípulo de Parmênides; suas ideias, no entanto, eram fortemente embasadas nos conceitos desenvolvidos pelo eleata. Afirmava que "o ser" era infinito e de magnitude ilimitada, não tinha princípio ou fim, e não podia ser destruído, pois é impossível ao "ser" tornar-se "não ser".
  Representa Melisso uma fase mais avançada da metafísica grega, imediatamente anterior ao período socrático. Teve algum contato com a escola jônica. "O universo segundo ele (Melisso) é infinito, imutável, imóvel, uno, em tudo semelhante a si mesmo, e completamente cheio .O Vácuo não existiria.
Com uma prosa clara e procedendo com rigor dedutivo, Melisso sistematizou a doutrina eleática, ao mesmo tempo em que a corrigiu em alguns pontos. Em primeiro lugar, afirmou que o ser deve ser “infinito” (e não finito, como dizia Parmênides), porque não tem limites temporais nem espaciais e também porque, se fosse finito, deveria se limitar com um vazio e, portanto, com um não-ser, o que é impossível.
O ser é único - Eis a tese básica do eleaticismo e que reaparece em Melisso de Samos. A tese de Melisso é aproveitada pelos unicistas do ente no campo infinito, mas com um retoque por parte dos criacionistas, que admitem o mundo das coisas finitas ao lado (ou dentro) do único infinito. Mas há também os monistas que se mantém firmes com Melisso.
Melisso tratou  o uno-infinito como “incorpóreo”, não no sentido de que é imaterial, mas de que é privado de qualquer figura que determine os corpos, não podendo, portanto, ter nem mesmo a figura perfeita da esfera, como queria Parmênides. (O conceito de incorpóreo no sentido de imaterial só iria nascer com Platão.)

 Assim, o eleatismo se concluiu com a afirmação de um Ser eterno, infinito, uno, igual, imutável, imóvel, incorpóreo (em sentido impreciso) e com a explícita e categórica negação do múltiplo, negando, portanto, o direito dos fenômenos a pretenderem um reconhecimento veraz. Está claro que só um ser privilegiado (Deus) poderia ser como o eleatismo exige, mas não todo ser.
O Eleatismo  teve em Melisso o seu maior expoente. Sua teoria era bem ampla, mas não deixava por isso de ser coesa e bem argumentada.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA - PESQUISA REALIZADA NOS SEGUINTES SITES:
www.templodeapolo.net
www.afilosofia.com.br
educacao.uol.com.br
origem-da-filosofia.info
www.mundoeducacao.com
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www.suapesquisa.com
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